romance infanti-juvenil 2

Sim, ela tinha o beijo doce, que uma vez ele experimentara numa destas brincadeiras afetivas de amigos.
Como amiga era a melhor.
Ela tinha uma beleza que não se via ao longe. Ela não chamava atenção pela beleza. Pensando bem, não chamava atenção por nada. Era completamente simples.

Mas seus traços eram perfeitos, sua pele clara fazia uma mistura indecifrável com seus traços negros e ternura índia. A verdade não lembrava de mais ninguém quem pudesse ser tão bela e passar assim despercebida.
Só que Raphael já a vira bem de perto e mergulhado nela não sabia como voltar a superfície.

Naquela tarde ela o convidava ao parque da cidade e em seguida, um picolé.
Só que o assunto não era o livro que acabara de ler, suas convicções ou as manias vaidosas de sua irmã.
Ela estava diferente e cintilante. Até arriscara uma saia.

Era óbvio: um alguém.
Pedro, o suave, foi como ele o definiu. Aqueles meninos que falam sempre umas baboseiras românticas nas quais as meninas sempre se deixam acreditar (sem saber que nem mudam os poemas com a mudança das personagens.)

Raphael estava puto mas deixou-a falar sobre como e porquê.

Depois do parque ele quis Picolé, e foi atras de Karina que já pergunta o que foi. Ela sempre sabia o que se passava.

"Vai passar, Rapho. " "E esse Pedro é um mané" As mulheres não sabem mesmo como animar alguém, dizer que o cara é um mané e mesmo assim L. está apaixonada não ajuda nada.

Ocupar a mente, talvez fosse o momento de voltar a correr. A falta de ar sempre levava tudo embora.