25 de fev. de 2013

Ao lado (de dentro)

Fácil sair. Esquecer a coisa toda errada mas que eu, oh eu, eu também estou (na) coisa. Eu sou a coisa e a coisa está tão cheia de mim. Como é fácil ligar o automatismo, a roda: mesma argumentação o mesmo desejo que não arrebata mas arranja coro. O automático vai me dizer, tudo ao meu redor está errado e olha. Olha... Isso é pensar em lado de fora e lado de dentro quando não há esta barreira ou qualquer distinção: mente é mundo e mundo mente.
E falamos e falamos que tudo está assim só que não. Só que não. Ou sim. Não e sim são uma questão de tempo: uma questão de tempo para ..
Fácil falar , bom é quem te silencia. Quem te traz as respostas num olhar, numa pausa na conversa: há um resgate do que te fez melhor, ou pelo menos num lugar possível e menos preso. Ah, meus bons e belos amigos e o sabor de nossas horas... Como medir o que não tem preço nem condição? Ai deve residir a felicidade: tomando chá ou bebendo vinho, tequila, cerveja. Cozinhando. Tenho confiado no que sobra das palavras por que elas não dão conta, não explicam.

As luzes desta cidade continuam as mesmas e a tendência de adaptação surge como um resgaste ou um disfarce. Uma maneira de passar percebida ou de tornar estes dias menos reais.
Pelo espelho vemos o que se é visto que é um tanto reprogramável e que o invólucro se fortalece na 'necessidade'.
"Preservativos existenciais", diálogos verborrágicos, um bocado de coisa mal sabida de si mesmo e jogada no mundo... tudo por uma dose de diferença na vontade dos que se perdem.

Um brinde ao que não se faz, e ao suporte para que se faça mais...


2 comentários:

  1. Confusão necessária. Profusão.
    A hora, por mais que se fale, não é a da fala.
    A necessidade do espírito não será (ainda) maior que a da carne.
    O equilíbrio virá. Quem sabe tomado de que?
    Tomando o que?

    De qualquer forma, obrigada pelo abraço de hoje.
    E pelas palavras de sempre.

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Sem açucar, com afeto.