4 de fev. de 2013

Que não venhas, Dionísio.

Outras Arianas, já foram . Há muitas janelas com lenços voando em bordados. Demais para um cenário menos óbvio. Concordamos, o obvio não. Ariana preparando,sendo papel para escrita de ausência:  escrita de presença  Escrita de dois ou de outro. Outra: escrita ao lado à frente. Como se este homem, este menino, fosse melodia para versos descompassados de uma mulher ou de um pedaço, de uma vontade. Só a vontade pode ser palpável, dentre os 3. Sumo de seu, deslumbre fatal de um encanto que se deixa e rende-se. Se deixa ou perde, estilhaça, idiotiza. Vai.

São as cores primárias? O cheiro sem perfume? Soma lógica de elementos.
Seríamos ironicamente perfeitos? Rio, desconfiada do discurso boboca da perfeição simétrica (ou), a vontade que ter um palco com palmas ao amor de encaixe mas assim nos descrevo: até mãos se parecem. Ou seria a verdade da qual podes se envaidecer. A mentira possível.
O que me volta para estes poucos dias? A luz amarela? Seus lábios incrivelmente revelados de um sexo vermelho e grave? O que volta a estas terras que caminho comigo?

Só que ouvi murmúrios e entendo silêncios e assim as palavras... que me perguntam do que só suspeitava. Se somos da essência pouco refinada? Se nascemos pra fazer e que também não precisaste ser ensinado. Esta coisa de sabor deve ser de natureza mas é claro que tem a malícia dos dados aos gostos das carnes vivas. Dos praticantes. Mas vês, não tive escola, conduzi-me pela suspeita do intuito. É no que dizes que amarro incertezas e teus silêncios me revelam o que não podes.


Canção I - Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - 
De Ariana para Dionísio -  Hilda Hilst musicada por Zeca Baleiro

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