9 de jun. de 2014
superfície, forma, essência (ou exercício sobre o não)
Brilham as luzes, os contrastes e lá fora,
uma sustentação repetitiva de brancos,
os mesmos, velhos dentes - olhos quase nublados.
O tato é veludo trançado em mãos de aço e o mundo roda, mudo.
Todo em teorias, contorce e o que pulsa
é amarrar cada instante.
Não, o cansaço é ter mais segundos dos que o que cabem;
sono - o alimento do amanhã
fome - pressa de paladar
o desejo, um fósforo aceso no vendaval.
As flores do deserto não têm tanta sede,
as lótus desabrocham do caos.
Ousar uma prece, um sorriso secreto -
sentir o oposto como forma de ser o que é.
Sem tempo a cumprir, ou lugar pra chegar:
estar.
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